Perigos do amianto para a sua saúde
Saiba como se deve proteger
O que é o Amianto?
O amianto também conhecido como asbestos é a designação comercial utilizada para a variedade fibrosa de seis minerais metamórficos de ocorrência natural. Pelo seu baixo custo, elasticidade e elevada resistência química, térmica, elétrica e à tração, o amianto foi durante vários anos utilizado na indústria da construção. Na Europa foi particularmente utilizado entre 1945 e 1990.
O amianto está presente em diversos tipos de materiais tais como: telhas de fibrocimento, revestimentos para impermeabilização de coberturas de edifícios, gessos e estuques, revestimentos à prova de fogo, revestimentos de tetos falsos, isolamentos térmicos e acústicos, entre outros.
Contudo, apesar das suas características favoráveis à indústria da construção, este material foi interdito há mais de uma década pelos perigos que apresenta para a saúde.
As consequências na saúde
A presença do amianto tem sido associada a casos de cancro. As diferentes variedades de amianto são agentes cancerígenos, por isso é muito importante que a exposição a qualquer tipo de fibra de amianto seja reduzida ao mínimo. A via respiratória é a forma mais frequente de contacto da fibra com o organismo. Os profissionais da construção são quem corre maior risco de inalar as fibras respiráveis e desenvolver doenças.
Estas fibras microscópicas podem depositar-se nos pulmões e aí permanecer por muitos anos, podendo vir a provocar doenças anos mais tarde. Muitas vezes, os sintomas confundem-se com outros problemas associados ao envelhecimento, sobretudo nos casos das patologias ligadas à diminuição da capacidade respiratória e às doenças oncológicas
A exposição ao amianto pode causar doenças como: asbestose, mesotelioma, cancro do pulmão e cancro gastrointestinal.
A sua proibição
Em Portugal, foi proibida a utilização/comercialização de amianto e/ou produtos que o contenham a partir de 1 de janeiro de 2005, de acordo com o disposto na Diretiva 2003/18/CE transposta para o direito interno através do Decreto-Lei nº 101/2005, de 23 de junho.
O que deve fazer se tiver amianto no seu prédio
Os edifícios construídos ou intervencionados antes de Janeiro de 2005 têm uma probabilidade acrescida de o conter amianto. Os moradores ou trabalhadores destes prédios devem:
– Ter cuidado com a manutenção e com as atividades de bricolage;
– Ter atenção às operações regulares de manutenção;
– Proceder a avaliações cuidadosas antes de qualquer intervenção (em trabalhos relacionados com a reparação ou alteração de instalações elétricas, por exemplo);
– Se o amianto não estiver em bom estado, assegurar que procuram serviços de profissionais qualificados.
É importante ter em conta que nem todos os edifícios com amianto constituem perigo para a saúde, dependendo do seu estado de conservação e do material aplicado.
No caso do contacto indireto, o risco principal não está tanto relacionado com o facto de as pessoas residirem ou trabalharem nestas instalações, salvo se estiverem degradadas, mas decorre de acidentes ou intervenções intempestivas executadas por pessoal não preparado e que não adote as medidas de proteção adequadas. Nestas situações, ocorre um aumento do risco para trabalhadores e residentes.
Regra geral, a presença de amianto em materiais de construção representa um baixo risco para a saúde, desde que o material esteja em bom estado de conservação, não seja friável e não esteja sujeito a agressões diretas. Qualquer atividade que implique a quebra da integridade do material (corte, perfuração, quebra, entre outras.) aumenta substancialmente o risco de libertação de fibras para o ar.
Se suspeitar da existência de material com amianto e com risco de libertação de fibras para o ar, deve procurar técnicos especializados. É necessário que sejam levadas a cabo medições com o equipamento adequado e que a presença de amianto seja confirmada em laboratório. Caso seja confirmada a presença de amianto, os técnicos especializados implementarão a melhor solução para o seu caso concreto. A melhor solução poderá não ser a remoção, mas sim o encapsulamento.
VER TAMBÉM: Sabia que, na maioria dos casos, a reabilitação de coberturas com amianto é mais segura que a remoção?
A solução de encapsulamento da Prudêncio
A Prudêncio foi pioneira no desenvolvimento e aplicação de um método de encapsulamento de coberturas de fibrocimento que contêm amianto, evitando a libertação de fibras que constituem risco para a saúde pública.
O encapsulamento consiste no confinamento do amianto com revestimentos específicos. O sistema da Prudêncio não é uma simples operação de cosmética, mas sim uma verdadeira reabilitação através do confinamento das mesmas. O fibrocimento fica completamente envolvido e protegido das causas que levam à sua degradação: agressões físicas, amplitudes térmicas, chuva e humidade.
Transformamos uma cobertura potencialmente perigosa num sistema sustentável.
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Documentos Legais e Normativos
- Decreto-Lei nº 101/2005, de 23 de junho, que proibe a utilização e comercialização de fibras de amianto e de produtos que contenham essas fibras
- Decreto-Lei nº 266/2007 de 24 de julho, relativo à proteção sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto durante o trabalho
- Decreto-Lei nº 46/2008, de 12 de março, que aprova o regime da gestão de resíduos de construção e demolição
- Portaria nº 40/2014, de 17 de fevereiro, que estabelece as normas para a correta remoção dos materiais contendo amianto e para o acondicionamento, transporte e gestão dos respetivos residuos de construção e demolição gerados, tendo em vista a proteção do ambiente e da saúde humana
Documentos para consulta
- Guia de Boas Práticas para prevenir ou minimizar os riscos decorrentes do amianto em trabalhos que envolvam (ou possam envolver) amianto, destinado a empregadores, trabalhadores e inspetores do trabalho – Guia publicado pelo Comité de Altos Responsáveis da Inspeção do Trabalho (CARIT)
- Fichas Técnicas Habitação e Saúde – 3.9 Amianto na Habitação e Doenças Respiratórias – Direção-Geral da Saúde