Soldadura de membranas TPO: a chave para uma impermeabilização duradoura

 

A impermeabilização é um dos pilares fundamentais da durabilidade de qualquer edifício. Entre as soluções mais avançadas do mercado europeu destaca-se o uso de membranas TPO, uma tecnologia que alia performance técnica, sustentabilidade e versatilidade. Um dos aspetos mais determinantes da eficácia deste sistema é o processo de soldadura, que garante a estanqueidade das juntas de sobreposição das membranas.

 

Neste artigo, exploramos a evolução das membranas TPO na Europa e a importância crítica da soldadura a quente no desempenho do sistema de impermeabilização.

 

 

 

Origem e evolução das membranas TPO na Europa

 

As membranas TPO começaram a ser produzidas na Europa na década de 1980, pela Köster, a primeira empresa a fabricar estas membranas, como uma alternativa moderna às soluções convencionais baseadas em PVC ou betume.

 

 A sua composição livre de plastificantes e halogéneos tornou-as uma resposta ecológica e eficiente às exigências ambientais cada vez mais rigorosas.

 

Desde então, a sua aplicação cresceu de forma significativa, impulsionada por:

  • Resistência superior aos raios UV e às variações térmicas.
  • Comportamento químico estável e baixa manutenção.
  • Facilidade de instalação e soldadura homogénea.

 

Hoje, as membranas TPO são amplamente utilizadas em edifícios industriais, comerciais e residenciais em toda a Europa, onde são apreciadas pela sua durabilidade e contributo para a eficiência energética.

 

 

A norma europeia EN 13956

 

No contexto europeu, a norma EN 13956 define os requisitos que os sistemas de impermeabilização com membranas plásticas e elastoméricas para coberturas devem cumprir. Para as membranas TPO, esta norma estabelece critérios rigorosos de desempenho, incluindo:

  • Resistência ao envelhecimento artificial por UV.
  • Resistência à tração e alongamento.
  • Resistência ao impacto e à perfuração.
  • E, com especial relevância, a resistência das juntas soldadas.

 

Estas exigências colocam a soldadura no centro do processo de instalação, tornando-a um fator crítico para a fiabilidade e a durabilidade do sistema.

 

 

 

 

Soldadura a quente: um processo minucioso

 

Ao contrário de outros sistemas que utilizam colagem química, a soldadura das membranas TPO é feita exclusivamente por calor, através de ar quente. Este método assegura uma fusão homogénea entre as membranas de TPO, criando uma ligação permanente e estanque.

 

O processo de soldadura envolve, essencialmente, três passos:

  • Definição dos parâmetros de soldadura
  • Realização da soldadura
  • Realização de testes e verificação da soldadura

 

 

Parâmetros de soldadura

 

A definição dos parâmetros de soldadura envolve quatro variáveis fundamentais:

  • Temperatura de soldadura: Deve ser definida e controlada com precisão para garantir fusão sem degradação do material. A temperatura deve ser elevada o suficiente para que ocorra a fusão das membranas, e não ultrapassar os valores pré-estabelecidos pelo fabricante de modo a evitar que a membrana seja degradada.
  • Volume de ar: Um volume de ar adequado e controlado com precisão é essencial para transferir o calor de forma eficaz e uniforme através da superfície da membrana. 
  • Velocidade de avanço da máquina: Uma velocidade apropriada e constante é essencial para a uniformidade da junta.
  • Pressão aplicada: A pressão correta garante que ambas as superfícies entrem em contacto total durante a fusão.

 

O processo de soldadura de membranas TPO é tido como complexo e minucioso pois a definição dos parâmetros é interdependente, isto é, para uma dada temperatura de soldadura, existe uma velocidade de avanço, volume de ar e pressão especificas. 

 

Acresce ainda o facto de ser necessário considerar fatores externos como a temperatura ambiente e a existência de humidade na superfície das membranas. 

 

 

Realização da soldadura

 

A precisão exigida pela soldadura de TPO tornou fundamental o desenvolvimento de equipamentos altamente especializados. As soldaduras são realizadas, quase na totalidade, por robôs automáticos que garantem uma união perfeita entre as membranas, desde que os parâmetros acima mencionados estejam bem definidos. Os remates, que não são possíveis executar com os robôs automáticos, são realizados por máquinas comandadas manualmente por profissionais experientes. 

 

Um dos destaques atuais é o VARIMAT 700 da Leister – uma máquina de soldadura automática de última geração e com um bom desempenho em áreas de maior dimensão.

 

 

 

Este equipamento oferece:

  • Controlo digital da temperatura e velocidade, adaptável a diferentes espessuras de membrana e fatores externos.
  • Monitorização em tempo real para garantir qualidade uniforme da soldadura.
  • Design ergonómico e robusto, ideal para grandes áreas de cobertura.

 

A tecnologia do VARIMAT 700 permite uma instalação mais rápida, eficiente e consistente, reduzindo o risco de falhas humanas no processo.

 

Para aplicações específicas em pequenas áreas e remates como claraboias e parapeitos, o UNIDRIVE 500 da Leister, que permite combinar a soldadura manual e automática, é uma opção a considerar. 

 

 

UNIDRIVE 500, 230V/2300W

 

O equipamento  TRIAC ST da Leister, um instrumento de soldadura manual, apresenta um bom desempenho na soldadura de remates. 

 

TRIAC AT, 120V/1600W

 

 

Testes e verificação da soldadura

 

Os valores ótimos para a temperatura de soldadura, velocidade de avanço, volume de ar e pressão aplicada são validados através dos testes de soldadura, realizados antes de se iniciar a soldadura. Os testes devem ser realizados na obra onde a impermeabilização está a ser efetuada de modo a ter em consideração as condições reais.  

 

Após a finalização da impermeabilização deve ser realizada a verificação manual da soldadura, com o Weld Seam Tester, com o objetivo de eliminar não conformidades. 

 

KÖSTER Weld Seam Tester

 

O grau de dificuldade da soldadura é compensado pela qualidade superior da ligação obtida – uma das mais fiáveis entre todos os materiais de impermeabilização flexíveis.

 

A qualidade da junta define a qualidade do sistema

 

A impermeabilização com membranas TPO só é tão boa quanto a qualidade da sua soldadura. Neste contexto, o conhecimento técnico, a experiência do aplicador e o uso de equipamentos adequados são essenciais.

 

Num cenário europeu cada vez mais focado na sustentabilidade e na durabilidade dos edifícios, a membrana TPO representa uma solução de excelência, desde que aplicada com precisão. A soldadura a quente, com equipamentos como o VARIMAT 700, garante a união perfeita entre membranas, traduzindo-se em décadas de proteção eficaz contra infiltrações.

 

Na Prudêncio, confiamos em soluções técnicas testadas e comprovadas. A nossa equipa é especializada em impermeabilização com TPO, assegurando resultados de alto desempenho e longa duração.

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