Uma obra de beleza singular – Teatro Thalia ou das Laranjeiras
Neste artigo relembramos aquele que foi considerado um dos espaços mais emblemáticos pelas elites lisboetas no século XIX.
Construído em 1820, o Teatro Thalia ou das Laranjeiras foi reedificado e renovado em 1842, segundo um projeto do arquiteto Fortunato Lodi. Em 1862, o teatro foi praticamente destruído por um incêndio, só tendo sido poupada a fachada. No entanto, e já no século XXI, Gonçalo Byrne e Barbas Lopes reabilitaram o edifício de forma singular.
A equipa da Prudêncio está a trabalhar afincadamente e com todo o cuidado para preservar esta estrutura, de modo a que esta possa continuar a ser apreciada, preservando-se a sua atual função.
A história
Situado no Complexo das Laranjeiras, o Teatro Thalia é um edifício do século XIX, recuperado pela Secretaria-Geral da Educação e Ciência.
Por este teatro, cujo nome advém da musa da comédia na mitologia grega, passou, inclusive, a família real. Além disso, foi um dos responsáveis pela reputação excêntrica do seu proprietário: Joaquim Pedro Quintela, o Conde de Farrobo.
Construído em 1820, o Thalia tornou-se, nas décadas que se seguiram, uma referência da vida cultural e social. Apesar de ser um pequeno teatro privado, acolheu nomes emblemáticos da época.
Este teatro, com o seu salão de baile revestido a espelhos de Veneza, era palco de festas aparatosas e luxuosas, organizadas pelo Conde de Farrobo, apaixonado pela música e pelas artes cénicas.
No seu exterior, a fachada principal tinha um peristilo sustentado por quatro colunas de mármore branco, prolongando-se em quatro pedestais sobre os quais se encontram esfinges. O frontão era triangular, de tímpano liso, com uma escultura de Érato, a musa da poesia lírica, que segurava a lira na mão esquerda. Nesta zona podia ler-se a seguinte frase: “Hic Mores Hominum Castigantur” (“Aqui serão castigados os costumes dos homens”).
Quem foi o Conde de Farrobo?
Joaquim Pedro Quintela nasceu no palácio da família, na rua do Alecrim, em 1801. Tocava contrabaixo, violoncelo e trompa.
Mecenas das artes, o Conde de Farrobo distinguiu-se a outros níveis, tendo sido uma figura importante no destino político do país. Foi, a par disso, um empresário atento, sempre à procura das mais recentes novidades da época. Aliás, o Palácio das Laranjeiras teve iluminação a gás duas décadas antes da própria cidade.
Partidário de D. Pedro, Joaquim Pedro Quintela recorreu à sua fortuna para financiar as lutas liberais. Mas, em 1831, não quis contribuir para um empréstimo forçado que D. Miguel decretara, pelo que este lhe retirou todos os títulos. Contudo, foram mais tarde devolvidos com a vitória de D. Pedro, aos quais acrescentou o título de Conde de Farrobo.
Com negócios em áreas diversas, o Conde de Farrobo terá gasto muito dinheiro em festas e num estilo de vida aparatoso. Porém, a sua ruína deu-se graças a uma demanda comercial em torno do monopólio do tabaco, que se prolongou durante décadas nos tribunais.
Quase 150 anos ao abandono
A Quinta das Laranjeiras acabou por ser vendida em hasta pública em 1874, já depois da morte do conde, em 1869. Desde então, foi passando de mãos. Apesar de o palácio ainda ter sido alvo de algumas obras de conservação, o Teatro Thalia foi deixado ao abandono.
Em 1940, o palácio foi comprado pelo Ministério das Colónias, com o propósito de servir de sede ao museu da Marinha. Acabou por albergar vários ministérios até chegar à posse da Secretaria-Geral da Educação e Ciência que, em 2010, lançou o projeto de requalificação do teatro.
Com o projeto de arquitetura de Gonçalo Byrne, Patrícia Barbas e Diogo Lopes, foi restaurada a fachada original, que ainda se mantinha de pé. No interior, foram mantidas as paredes já em ruína do que terá sido o palco e a plateia e construiu-se um corpo novo no edifício, em betão terracota, que enquadra o que resta da construção original.
Atualmente, o Teatro Thalia serve de palco a eventos de instituições públicas ou privadas. A Orquestra Metropolitana de Lisboa, por exemplo, organiza aqui concertos mensais.
A intervenção da Prudêncio
Dadas as particularidades desta obra e o que a mesma representa, foi implementada uma fase de ensaios, realizada neste momento pela Prudêncio e monitorizada pelo LNEC.
O grande intuito foi avaliar a viabilidade de se avançar para uma intervenção integral nas paredes originais em pedra do monumento.
Ver vídeo: A intervenção da Prudêncio no Teatro Thalia
Humidades ascendentes: como identificar, combater e eliminar
O que é
A humidade ascendente, muito comum em edifícios antigos (e não só), pode ser definida como o fluxo vertical de água que consegue ascender do solo – através do fenómeno da capilaridade – para uma estrutura permeável.
A capilaridade, por sua vez, diz respeito à ascensão da água por canos, ou capilares, e é o que acontece no chão e na base das paredes das casas que apresentam uma impermeabilização deficiente entre o pavimento e o solo.
Como identificar
A humidade ascendente apresenta-se, por norma, sob a forma de manchas interiores ou exteriores no chão e nas paredes. No interior, estas podem formar salitre ou podem fazer aparecer bolor.
No exterior, há a possibilidade de surgir musgo. Este tipo de humidade distingue-se facilmente, nomeadamente pela extensão de parede que pode afetar e pelo facto de poder ascender a cerca de 1,5 metros de altura.
Como combater e eliminar
A única e grande solução para combater e eliminar a humidade ascendente é a impermeabilização. Tendo em conta que este tipo de humidade é de difícil solução, o mais acertado a fazer é contactar profissionais especializados neste tipo de casos, como a Prudêncio, para impermeabilizar os elementos da fundação, paredes e pilares que têm contacto direto com o solo.
Confie na Prudêncio para combater a humidade ascendente da sua obra
Na Prudêncio, aplicamos o sistema de resinas patenteado da Koster que, através da criação de uma barreira horizontal, trava a humidade ascendente com êxito e de forma definitiva, nomeadamente através da vedação dos capilares.
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